“O que é beleza?”
Essa foi a pergunta que despertou meu momento filosófico de hoje.
Como posso definir beleza? Seria ela o cuidado com a imagem? A compra de produtos maravilhosos que garantam uma “sobrevida” à minha juventude? Ou ainda um cabelo impecável, uma maquiagem perfeita e um look de diva?
Todas essas coisas são essenciais: melhoram o que somos e levantam nossa auto-estima mas não são beleza como conceito, elas apenas potencializam a beleza já existente.
O que eu quero dizer com isso?
Que hoje em dia, a coisa mais fácil é “parecer” belo. Todos os dias o mercado da beleza oferece algo novo e maravilhoso pra gente se “embonecar”: é roupa, é acessório, é maquiagem, é cabelo, é sapato, é bolsa, é cirurgia plástica, é tanta coisa que os homens não entendem como damos conta. Mas cada uma dessas coisas nos fazem “parecer” ou “estar” belos porque “ser” belo está muito além disso.
Já viu alguém extremamente lindo, de “parar o trânsito”, mas que na primeira oportunidade de mostrar suas virtudes te desaponta tanto e parece que toda essa beleza se foi de uma maneira tão rápida, que nem o seu melhor demaquilante conseguiria fazer? Pois é, isso acontece porque a pessoa era apenas bonita, não era bela.
Tudo o que é bonito é agradável aos olhos, encantador, harmonioso. Mas o belo…ah, o belo é a essência. As virtudes de uma pessoa, os sentimentos que ela transmite, a intensidade com que vive. O quão bela ela torna a vida do outro.
É por isso que existem pessoas esteticamente lindas e horríveis por dentro e também existem as que pela mídia, não estão encaixadas em nenhum padrão de beleza mas são extremamente divas, percebem?
O bonito você compra, por um preço caríssimo ou em uma super liquidação. Às vezes em embalagens que dão até dó de jogar fora. Mas o belo não. Nao tem preço e muito menos um catálago. Nao existe “a estação mais indicada” para usar ou uma tendência. Beleza é essência, é de dentro, é atemporal, é simples e por isso mesmo, estupidamente impactante.
Este post nao é um complô contra o mundo da beleza e nem faria sentido, afinal, esse blog trata exatamente disso também. O post não tem a intenção de ser piegas ou hipócrita, dizendo pra você esquecer de se cuidar e viver apenas de “beleza interior”. Nada disso. A questão aqui é equilíbrio e relembrar conceitos, pra gente não se perder em meio a tanta publicidade.
Deixando ainda mais claro, é o seguinte:
1. Nao queira apenas ser bonita. “Boniteza” sem Beleza, é vazia.
2. Beleza não se contrói com bons cosméticos. Isso é complemento. Beleza se constrói com bons princípios e muito amor. Por você, pelo outro e pela vida.
3. Viva de uma maneira que ao tirar a maquiagem, ainda seja possível ver muita beleza em você. Essa beleza mesmo que você pensou: a de dentro.
4. O “dentro” ficou desacreditado, virou piada. “Conversa pra boi dormir”. Mas se tentar viver sem ele, não passará de um rostinho bonito. Às vezes bem mais ou menos.
5. E por último: seja você. Só você. Não deixem que te roubem a sua identidade, que plastifiquem a sua naturalidade, que desenhem pra você um rosto, um modo de ser, de vestir e de agir só porque a moda ou qualquer outra coisa disse que é legal. Beleza tem que ser autêntica porque se for fabricada, aí é “Boniteza”. Vamos aprender a diferenciar.
