A humanidade se esquece de onde veio, quem é e pra onde vai. A natureza nao. Ela sempre sabe o seu lugar.
Ontem vivenciei um momento muito chato mas que reforçou o que acabei de dizer. Estava no Starbucks de uma importante avenida de Santiago quando uma senhora chegou pedindo esmola com o seu cachorro.
Uma madame, em cima do seu salto 15 e com o cachorro todo cheio de lacinhos e que o pelo com certeza tinha mais Moroccanoil que o meu cabelo, ficou extremamente incomodada com a senhora que pedia esmolas (o que até entendo) e começou a ofende-la (isso eu nao entendo nao).
Enquanto a confusao rolava, o cachorro pobre e com fome, tentava paquerar a cachorrinha cheia de “flu flus”, que parecia nao estar incomodada com a “cantada”. Nao rolou nada mais sério, mas eles se entenderam.
Essa cena me fez ver que os animais sempre sabem o que sao em sua essência, independente do universo que lhes é oferecido, seja ele regado a pet shops incríveis ou ao restos de comida que lhes deixamos.
Mas nós nao. Nós nos achamos muito superiores aos que vivem embaixo dos viadutos. E nao somos. Nao somos nem um pouco diferentes.
Que o dia a dia e as nossas conquistas jamais nos façam esquecer disso porque tem muita gente que já se tornou bem inferior aos animais.
Bom dia!
Gostei Fê. Esses cachorros que você viu na Starbucks conseguiram elegantemente ilustrar um sentimento que eu tive no shopping Patio Higienopolis há uns dias. Os bichos não se deixam embebedar com o físico, com status, com efemeridades. Os bichos são o que são, e estão felizes com isso. Como temos a aprender com eles!!
Eles nao se envergonham do que sao e nao dao vergonha alheia à sua raça.