Essa semana eu ouvi de um amigo: Fulana nem é tao bonita mas o sorriso dela me prende. Nao sei explicar.
Fiquei pensando se isso já tinha acontecido comigo e cheguei a conclusao de que, além de beleza ser algo bem relativo (ainda bem, né?), o que todo mundo diz ser piegas, na verdade nao é: o que vem de dentro é sempre mais bonito.
A gente se produz toda, compra toda a “beleza” que acreditamos que dará “aquela valorizada”, sendo ela um cosmético, um tratamento novo, uma paleta pigmentada, um perfume ou aquele sapato em promoçao.
Mas a verdade é que tudo isso é complemento. Tudo isso é adicional. É tudo pra reforçar algo que já existe: você, do jeito que você é.
Eu já vi mulheres lindíssimas, de parar o trânsito e fazer a gente desejar nunca andar na mesma rua, talvez no mesmo mundo em que ela pise pra nao ser “humilhada” e dessas mesmas mulheres nao sair uma palavra bonita, sequer um “por favor” ou um “muito obrigada”.
Já vi gente bela e glamourosa com o seu louboutin vermelho achar que, alguém segurar a porta do elevador pra que ela consiga colocar pra dentro todas as suas sacolas do shopping, nao é mais do que uma obrigaçao.
E já vi gente super bem produzida, sair maravilhosamente bem nas fotos e depois chegar em casa e se afogar na depressao.
Mas ainda bem que o contrário eu também já vi.
Já vi gente que nao estava classificada em nenhum dos padroes convencionais de beleza, irradiar alegria e educaçao.
E essa mesma gente “comum”, eu já vi agradecer favores, oferecer ajuda e distribuir sorrisos.
Aprendi que você pode comprar tudo – inclusive, há quem diga que todo mundo tem o seu preço – mas nao pode comprar felicidade, educaçao e caráter.
Eu entendo a frase do meu amigo. O sorriso aberto e sem esperar nada em troca daquela menina, tinha mesmo que impressioná-lo. A felicidade é sem dúvida, o melhor cosmético.
Bom dia!