“Você tem medo de envelhecer?” Foi a pergunta que me fizeram ontem.
Geralmente essa pergunta sempre está atrelada ao fator estético. Quanto a isso, nao tenho medo nao. Por mais que a gente se cuide com cremes e tratamentos, o máximo que eles conseguem é retardar o efeito envelhecedor, se é que posso chamar assim. Mas envelhecer, é inevitável.
A gente começa a envelhecer quando nasce, entao, meus medos nao estao associados “às rugas”.
Eu tenho medo da solidao, mas tem tanto jovem sofrendo disso e lotando consultórios psiquiátricos…
Eu tenho medo de depender dos outros mas nao somos uma ilha e sempre dependemos das outras pessoas. Claro que ninguém gostaria de depender de alguém para coisas tao vitais como um banho, alimentar-se, caminhar… Mas isso é algo que acontece assim que nascemos e pode acontecer por qualquer fatalidade, em qualquer estágio da vida. Ruim mesmo é nos tornarmos dependentes de coisas ou pessoas porque nao acreditamos que somos realmente capazes. Aí é um problema de atitude e nao de necessidade.
Eu tenho medo de deixar de fazer as coisas que gosto, mas aí me lembro da viagem que fiz para Machu Picchu, onde em determinado trecho da viagem, tínhamos que escalar uma parte da montanha e eu parei por me sentir muito cansada e incapaz de continuar. Foi quando um casal, muito alegre e bem disposto no auge dos seus 70 – 80 anos; passou por mim tao animados por estarem ali realizando um sonho; que entendi que esse medo é totalmente psicológico mesmo.
Eu tenho medo de nao me sentir útil, mas tenho sido eu, realmente útil, na idade que tenho? O que entendemos por ser útil?
Eu tenho medo de nao viver um grande amor. Tinha, já nao tenho mais. Já encontrei o meu grande amor e aprendi que ele nao tem uma idade pra acontecer, pode ser na juventude, pode ser na velhice, pode ser um companheiro da vida toda, pode ser apenas de uma fase. O mais importante é que seja eterno enquanto dure.
É… a gente começa a envelhecer quando nasce. Mas isso é pele. É corpo. É físico. Em nenhum momento envolve a alma.
Bom dia!
Nem tenho o que comentar, Fê. Esse texto é uma lição de vida!
Pra gente vencer nossos medos ;) Beijos